quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Clonagem Modulo I

                                           Clonagem 

 

         Clonagem é a produção de indivíduos geneticamente iguais. É um processo de reprodução assexuada que resulta na obtenção de cópias geneticamente idênticas de um mesmo ser vivo – micro-organismo, vegetal ou animal.
         A reprodução assexuada é um método próprio dos organismos constituídos por uma única ou por um escasso número de células, por via de regra absolutamente dependentes do meio onde vivem e muito vulneráveis às suas modificações.
         Clonagem em biologia é o processo de produção das populações de indivíduos geneticamente idênticos, que ocorre na natureza quando organismos, tais como bactérias, insetos e plantas reproduzirem assexuadamente. Clonagem em biotecnologia refere-se aos processos usados para criar cópias de fragmentos de DNA (Clonagem molecular), células (Clonagem Celular), ou organismos. Mas genericamente, o termo refere-se à produção de várias cópias de um produto, tais como os meios digitais ou de software.

                                          Clonagem natural

          A clonagem é natural em todos os seres originados a partir de reprodução assexuada (ou seja, na qual não há participação de células sexuais), como é o caso das bactérias, dos seres unicelulares e mesmo da relva de jardim. A clonagem natural também pode ocorrer em mamíferos, como no tatu e nos gémeos univitelinos. Nos dois casos, embora haja reprodução sexuada na formação do ovo, os descendentes idênticos têm origem a partir de um processo assexuado de divisão celular. Os indivíduos resultantes da clonagem têm, geralmente, o mesmo genótipo, isto é, o mesmo gene, ou patrimônio genético.

                              Clonagem induzida

         A clonagem induzida é feita a partir de um processo no qual é retirado de uma célula o núcleo, e de um óvulo a membrana. A junção dos dois depois é colocada numa barriga de aluguel, ou mesmo em laboratório, para a clonagem terapêutica.
       A clonagem induzida artificialmente é uma técnica da engenharia genética aplicada em vegetais e animais, ligada à pesquisa científica. Nesse caso, o termo aplica-se a uma forma de reprodução assexuada produzida em laboratório, de forma artificial, baseada num único patrimônio genético. A partir de uma célula-mãe, ocorre a produção de uma ou mais células (idênticas entre si e à original), que são os clones. Os indivíduos resultantes desse processo terão as mesmas características genéticas do indivíduo "doador", também denominado "original".

                         Clonagem reprodutiva

     
Uma das técnicas básicas usadas por cientistas é a transferência nuclear da célula somática (SCNT ou TNCS). Esta técnica foi usada por cientistas durante muitos anos, para clonar animais através de células embrionárias.
       Como o nome da técnica implica, a transferência de uma célula somática está envolvida neste processo. Esta célula somática é introduzida, então, numa célula retirada de um animal (ou humano), logo depois da ovulação. Antes de introduzir a célula somática, o cientista deve remover os cromossomos, que contêm genes e funcionam para continuar a informação hereditária, da célula recipiente.
Após ter introduzido a célula somática, as duas células fundem. Ocasionalmente, a célula fundida começará a tornar-se como um embrião normal, produzindo a prole, colocando-se no útero de uma "mãe de aluguel" para um desenvolvimento mais propício.
       Os problemas associados com a técnica de SCNT são o stress em ambas as células envolvidas no processo. Isto resulta numa taxa elevada de mortalidade de ovos recipientes. Além disso, o processo inteiro é um consumo de tempo e de recursos, porque as partes deste requerem o trabalho manual sob microscópio. Similar a outras técnicas, esta é também ineficiente pois, apenas aproximadamente 2,5% dos embriões sobrevivem dado logo após o nascimento.

                                Clonagem terapêutica

 

         A Clonagem Terapêutica é um procedimento cujos estágios iniciais são idênticos à clonagem para fins reprodutivos mas que difere no fato da blástula (segundo estado de desenvolvimento do embrião) não ser introduzida no útero: esta é utilizada em laboratório para a produção de células estaminais a fim de produzir tecidos ou órgãos para transplante.
         Esta técnica tem como objetivo produzir uma cópia saudável do tecido ou do órgão de uma pessoa doente para transplante. As Células embrionária/células-tronco embrionárias são particularmente importantes porque são multifuncionais, isto é, podem ser usadas em diferentes tipos de células. Podem ser utilizadas no intuito de restaurar a função de um órgão ou tecido, transplantando novas células para substituir as células perdidas pela doença, ou substituir células que não funcionam adequadamente devido a defeito gene/genético (ex:neurônio/doenças neurológicas,diabetes, coração/problemas cardíacos, Acidente vascular cerebral, lesões da coluna cervical e sangue/doenças sanguíneas etc… ).
           As Células embrionárias/células-tronco adultas não possuem essa capacidade de transformarem-se em qualquer tecido. As células músculo/musculares vão originar células musculares, as células do fígado vão originar células do fígado, e assim por diante.

                                                Clone


            A palavra clone foi introduzida na língua inglesa no início do século XX. A sua origem etimológica é da palavra grega κλων (lê-se klón), que quer dizer broto de um vegetal.
Clone é um conjunto de células geneticamente idênticas que são todas descendentes de uma célula ancestral, podendo dar origem a um grande número de organismos iguais entre si. Designa também todos os indivíduos, considerados colectivamente, resultantes da reprodução assexuada (ou partenogénese ou apoximia) de uma única forma inicial individualizada. É também a réplica exacta de um gene obtido por engenharia genética numa sequência de ácido desoxirribonucleico (ADN). Os componentes de um clone têm sempre a mesma constituição genética desde que não ocorram quaisquer mutações.

6 comentários:

  1. Um dos temas que tem originado maior divisão da sociedade atual é a clonagem. Atualmente somos confrontados com diversas opiniões sobre a clonagem, sem que, diga-se, nenhuma delas seja perfeitamente aceite e correta. Torna-se, então, imprescindível fazer uma abordagem clara e precisa acerca de um assunto tão controverso como a clonagem.

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  2. Acho o tema clonagem muito complexo, porque criar uma nova vida a partir de outra vida sem ter o processo normal de reprodução é complicado. Mas acho que se estas pesquisas forem direcionadas a salvar vidas acho valido.E acho que todas as pesquisas devem ser realizadas desde que se respeite a ética...

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  3. A clonagem induzida é uma boa opção ao ver de Alguns para salvar vidas, como gerando um novo órgão, mas o experimento é um ser vivo.
    Fui um pouco mais a fundo na pesquisa da ovelha Dolly A rigor não se tem certeza de como ocorre o processo de envelhecimento em um mamífero clonado. Foi constatado que os telômeros da Dolly eram 20% menores que o previsto para animais de sua idade. A Dolly teria cinco anos ou onze anos? Cinco de vida própria ou onze cumulativamente com a idade de Bellinda (5+6). De acordo com estudos realizados em outros animais clonados, a ovelha Dolly pode ser uma exceção, pois a maioria destes animais tem uma vida mais curta que o esperado para a sua espécie.

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  4. Independente do tipo de clonagem, todas tem a mesma função, que é a duplicação dos organismos unicelulares de um embrião humano, o clone ocorre em casos de infertilidade; a clonagem faz com que os casais inférteis possam ter filhos, sendo ao longo da evolução do tempo, vários os benefícios que os cientistas acreditam que a clonagem humana tem.

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  5. Podemos definir a clonagem como um método científico artificial de reprodução que utiliza células somáticas. Acho que a clonagem é uma boa opção para casais que não conseguem ter filhos. A ciência é magnifica, e acho que todas as pesquisas devem ser realizadas desde que se respeite a ética e a moral de cada ser.

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  6. Um dos principais objectivos nos trabalhos com ADN recombinante é obter muitas cópias de um determinado gene. Para isso produzem-se bactérias ou leveduras transgénicas que contêm o gene desejado, deixando-as depois multiplicarem-se, o que nos permite obter grandes quantidades dos genes pretendidos.

    Uma célula ou organismo transgénico contém ADN estrangeiro, isto é, ADN sintético ou de outro organismo, integrado no seu próprio material genético. Para assegurar que o gene estrangeiro seja integrado no organismo transgénico deve ter-se em atenção os seguintes passos
    Uma molécula de ADN deve dispor de várias características de modo a ser capaz de agir como um veículo para a clonagem de genes. A característica mais importante é que deve ser capaz de se replicar dentro da célula hospedeira, de modo a que se possam produzir numerosas cópias de ADN recombinante, sendo estes capazes de passar para as células filhas.

    Um veículo de clonagem também precisa de ser relativamente pequeno, sendo o seu tamanho ideal inferior a 10 Kb, pois as moléculas grandes tendem a degradar-se durante a purificação e são também mais difíceis de manipular. Dois tipos de moléculas de ADN que satisfazem estes critérios podem ser encontrados em células bacterianas: plasmídeos e cromossomas de bacteriófagos. Embora os plasmídeos sejam frequentemente utilizados como veículos de clonagem, dois dos tipos de vectores mais importantes, hoje em dia, são derivados de bacteriófagos.
    Primeiro o plasmídeo deve transportar um ou mais genes que lhe confiram propriedades particulares, tais como a resistência a certos antibióticos – como o Cloranfenicol e a Ampicilina – que possam servir como indicadores seleccionáveis.

    Segundo, o plasmídeo deve possuir pelo menos uma sequência de ADN que possa actuar como origem de replicação, de modo a que seja capaz de se multiplicar independentemente dos cromossomas bacterianos. (Fig.3a). Os plasmídeos mais pequenos aproveitam as enzimas de replicação de ADN da célula hospedeira de modo a fazerem cópias de si próprios, enquanto que alguns dos maiores transportam genes que codificam enzimas especiais e específicas para a replicação dos plasmídeos

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