quinta-feira, 27 de setembro de 2012

             OS SENTIDOS DA SEXUALIDADE 

 
     Um tema sempre atual e cada vez mais marcante, nesses tempos de confirmação do sentido que se deseja dar à própria sexualidade. 
    A identidade sexual. Lutar por isso tem sido fundamental para quem busca ser feliz da forma que é e na condição em que se encontra.
   O termo se refere a uma abordagem plural, que reúne as contribuições de diferentes áreas do saber científico, tais como Biologia, Medicina, Filosofia (Ética) e Direito (Biodireito), com o objetivo de investigar as condições necessárias para uma administração responsável da vida humana, animal e responsabilidade ambiental.
  A bioética leva em consideração questões onde não existe consenso moral como a fertilização in vitro, aborto, clonagem, eutanásia, transgênicos e pesquisas com células tronco, bem como a responsabilidade moral de cientistas em suas pesquisas e suas aplicações.
  Na sociedade, identidade de gênero se refere ao gênero em que a pessoa se identifica (i.e, se ela se identifica como sendo um homem, uma mulher ou se ela vê a si como fora do convencional), mas pode também ser usado para referir-se ao gênero que certa pessoa atribui ao indivíduo tendo como base o que tal pessoa reconhece como indicações de papel social de gênero (roupas, corte de cabelo, etc.). Identidade do género de base é geralmente formada por três anos de idade e é extremamente difícil mudar depois disso.
    Do primeiro uso, acredita-se que a identidade de gênero se constitui como fixa e como tal não sofrendo variações, independente do papel social de gênero que a pessoa se apresente.
    Do segundo, acredita-se que a identidade de gênero possa ser afetada por uma variedade de estruturas sociais, incluindo etnicidade, trabalho, religião ou irreligião, e família.
    Na vasta maioria dos casos não há qualquer dificuldade em determinar sexo e gênero. A grande maioria dos seres humanos são considerados ou homens ou mulheres. Antes do século 20 o sexo de uma pessoa era determinado apenas pela aparência da genitália, mas quando passou-se a entender cromossomos e genes, estes passaram a ser usados para determinar o sexo. Normalmente, homens possuem genitália masculina e, um cromossomo X e um Y; e mulheres possuem genitália feminina e possuem dois cromossomos X. Entretanto algumas pessoas se consideram fora destas categorias, e alguns possuem combinações de cromossomos, hormônios, e genitália que não seguem as definições típicas de "homem" e "mulher". Estudos recentes sugerem que um em cada cem indivíduos podem ter um sexo atípico.
      O caso em que se torna mais fácil de entender a necessidade de distinguir sexo e gênero é quando a genitália externa é removida - quando tal caso ocorre por acidente ou por intento deliberado, a libido e a habilidade de expressar uma atividade sexual sofrem alterações, mas não por esta razão o indivíduo deixa de considerar-se como garoto ou homem. Um caso como este é reportado em Sexo Trocado ("As The Nature Made Him") de John Colapinto. Este livro detalha a persistência da identidade de gênero masculina e a adesão a um papel social de gênero masculino de uma pessoa cujo pênis foi totalmente destruído logo após o nascimento devido a uma circuncisão mal feita, e que foi então subseqüentemente redesignado pela construção de uma genitália feminina. Assim, o termo "identidade de gênero" não tem necessariamente relação com o sexo do indivíduo através da análise da genitália externa, dos genes ou dos cromossomos.
Algumas pessoas sentem que sua identidade de gênero não corresponde com seu sexo biológico, sendo identificadas por pessoas transexuais ou pessoas intersexo em algumas situações. Como a sociedade insiste que os indivíduos devem seguir a maneira de expressão social (papel social de gênero) baseada no sexo estas pessoas sofrem uma pressão social adicional.
     Por outro lado existem também indivíduos transgêneros em que a identidade de gênero não está conforme a norma social dos dois géneros macho/fêmea, idependentemente de terem ou não concordância com o sexo biológico com a maioria das suas manifestações de género social.
     No caso das pessoas intersexo, alguns indivíduos podem possuir cromossomos que não correspondem com a genitália externa. Isso devido desequilíbrios hormonais ou outros fatores incomuns durante os períodos críticos da gestação. Tais pessoas podem parecer para as outras como sendo de um determinado sexo, mas podem reconhecer a si mesmas como pertencendo a outro sexo.
As razões para variantes da identidade de género não são claras. Isso tem sido causa de muita especulação, mas nenhuma teoria psicológica foi considerada consistente. Teorias que assumem uma diferenciação no cérebro são ainda recentes e difíceis de provar, porque no momento requerem uma análise destrutiva da estruturas cerebrais inatas, que são bastante pequenas.
Nas últimas décadas se tornou possível redefinir o sexo cirurgicamente. Uma pessoa que não tenha concordância entre a sua identidade de género e características biológicas pode, então, buscar estas formas de intervenção médica para que seu sexo biológico seja correspondente com a identidade de gênero. Alternativamente, algumas pessoas mantêm a genitália com a qual nasceram, mas adotam um papel social de gênero que é congruente com a percepção que possuem de sua identidade de gênero!
     O termo relacionado, "papel social de gênero" possui dois significados que em casos individuais podem ser divergentes: Primeiro, o papel social de gênero de uma pessoa pode ser a totalidade de formas no qual uma pessoa pode expressar sua identidade de gênero. Segundo, o papel social de gênero das pessoas pode ser definido pelo tipo de atividades que a sociedade determina como apropriada para indivíduos que possuam determinado tipo de genitália externa.
      Há provavelmente tantas formas e complexidades de identidades sexuais e identidades de gênero como há seres humanos, e há um igual número de formas de trabalhar as identidades de gênero na vida diária. As sociedades, entretanto, tendem a designar alguns tipos de papeis sociais aos indivíduos "machos", e algumas classes de papeis sociais para indivíduos "fêmeas" (macho e fêmea na percepção social dos sexos). Muitas vezes a conexão entre identidade de gênero e papel social de gênero não é clara. Simplificando, há não-ambíguos "machos" humanos e não-ambíguas "fêmeas" humanas que se sentem claramente como homens ou mulheres mas que não se comportam socialmente de forma convencionalmente masculina ou feminina.
      E para concluir, como muito têm defendido estudiosos em biologia e sociologia: "O sexo entre as orelhas é mais importante que o sexo entre as pernas"
Existem diversos fatores que envolve a formação de identidades, como a diferença entre os diversos tipos de identidade. A primeira das identidades a considerada primordial é a identidade de gênero homem ou mulher, pois queira ou não as pessoas já rotulam as outras diante disso. Portanto diferentes tipos de identidade são produto da construção da sociedade e da história onde mantém se a relação de poder de acordo com o modelo essencialista, onde a identidade vem da biologia, o que você é, é resultado da sua genética e a ciência vai de acordo com esse modelo.
      Há também o modelo de construtivismo em que a identidade é construída, transformada, pois não existem identidades que não passaram por mudanças ao longo dos anos e quando isso ocorre ela muda de acordo como é vista e interpretada pelos outros. Pois as transformações sociais são tão alarmantes quanto as tecnológicas, políticas e econômicas, então as identidades que encontram se em comflito então no interior dessas transformações.
     Hoje em dia os conflitos são mais identitários (religião, cultura), em vez de ideológicos (comunismo, capitalismo), como já foi um dia.
      Portanto, atualmente existem inúmeras formas de identidade e essas apesar de serem muitas vezes contraditórias elas acabam se cruzando e podem até se completarem.

3 comentários:

  1. Tais maneiras de tornar pública a sexualidade evidenciam a forma diferenciada como historicamente mulheres e homens vêm sendo tratados: utilizou-se uma diferença biológica para construir uma desigualdade social que perdura até nossos dias.

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  2. Sexualidade é apta a que a pessoa segue, cada um tem seu livre arbítrio, é um assunto delicado se tratar pois envolve bastante discriminação. Nele há vários sentidos a Homosexualidade, Héteros... Cada um tem seu direito e opção.
    Leonardo Carrijo 1°C

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  3. O Sentido da Sexualidade é um componente da personalidade, um modo de ser, de expressar e de viver, entre outros. Condicionando assim o caminho do seu desenvolvimento em ordem à maturidade, no desejo de se tornarem o que querem, que no caso é mudar o sexo.

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